Explicações

É certo que estou desiludido com o Sporting e que, em consequência, estou "divorciado" com o futebol. Mas não é só pela nossa precária situação.

Quem é que explica ao Tadeia, ilustre comentador de jogos pago pelos erários públicos, que "ver" os jogos de forma tão pessimista para os nossos lados desencoraja potenciais espectadores e desagrada sobremaneira os sofredores como eu? Quem é que explica ao António Tadeia que um bocadinho que seja de patriotismo não faz mal a ninguém? Quem é que explica ao António Tadeia que o Sporting não é a equipa fraca que ele fez parecer? Quem é que explica ao António Tadeia que, considerando os orçamentos das duas equipas, o que Sporting fez em Manchester não pode envergonhar os portugueses? Quem é que explica ao António Tadeia que um ordenado do Cristiano Ronaldo corresponde a 476 salários do Rui Patrício?

Já agora, quem é que explica à generalidade da imprensa que num grupo mais forte que o do Benfica, temos feito bem melhor que os lampiões?

E já agora, quem é que me explica porque é que são sempre os jogadores do Sporting que suscitam o "alegado" interesse dos grandes do futebol europeu, se somos,como resulta do que vemos e ouvimos na comunicação social, o mais fraco dos três grandes?

Agora, há que voltar às exibições deploráveis nas competições internas...

E pronto! Lá garantimos o segundo objectivo (que para Paulo Bento sempre foi o primeiro) ainda que mais por demérito do dínamo, que foi goleado em kiev, do que por mérito nosso, que claudicámos no teatro dos sonhos.

Conforme tinha vaticinado ontem, o Sporting fez um grande jogo. Lutou olhos nos olhos contra um gigante europeu, fez gelar old trafford com o golo de Abel e saiu de Inglaterra de cabeça erguida.

De facto, todas as condições estavam reunidas: os olhos da europa estavam em old trafford e a vontade de ir ganhar os "big euros" no fim da época estava na cabeça dos jogadores do Sporting. Combinação mais que perfeita para uma noite de grande nível.

Agora, há que regressar à realidade e às exibições deploráveis nas competições internas.

Só me doi que o centenário Sporting, clube de grande tradição e outrora de homens honrados, tenha de "levar" com este tipo de jogadores que pensam antes de tudo neles próprios e não percebem o peso das camisolas que vestem.

Atitude e Respeito precisa-se!

p.s: Liedson, Polga e Moutinho serão dos poucos que ficam de fora desta análise, a sua atitude é igual em todos os jogos.

Sem Pressão e Sem Ambição

Nas palavras de Paulo Bento, o Sporting vai entrar em old trafford sem pressão e sem o terceiro lugar em causa.

Apesar de compreender a ideia de Paulo Bento, ou seja, sacudir a pressão das costas dos jogadores para que não joguem nervosos, a verdade é que desde o primeiro minuto da Champions que Paulo Bento tem tido este discurso difuso e pouco frontal no que diz respeito aos objectivos do clube.

Com efeito, no primeiro jogo, o favoritismo estava do lado do Man Utd, nos segundo e terceiro jogos, trazer um empate de kiev e roma não era mau e, no quarto jogo, começou com a história do primeiro e segundo objectivos.

Se é verdade que a direcção do Sporting sempre assumiu a passagem à fase seguinte como o objectivo principal, não é menos verdade que Paulo Bento sempre revelou muito receio em assumir esse objectivo.

No fundo, na champions 07/08, o Sporting "não foi carne, nem peixe", foi sendo o que ia dando para ser.

O jogo desta noite, pode até correr muito bem, mas tem tudo para correr muito mal. Paulo Bento não assume que tem de ganhar para continuar a pensar na champions, preferindo antes salientar o facto de que o terceiro lugar não está em causa com este jogo.

A verdade é que, dependendo do que acontecer esta noite em manchester e em kiev, o terceiro lugar pode estar realmente em causa no próximo jogo...

Não dúvido, contudo, que o Sporting fará um grande jogo; os miúdos estão sedentos de se pôr a andar para outras paragens e nada melhor do que o "palco dos sonhos" para se mostrarem (pena é que deixem essa ambição quando jogam para a liga nacional...)

Aguardemos por logo à noite, sempre confiantes, mas agora muito mais cautelosos...

Força Sporting!

GPS SPORTING

Foi ontem apresentado o GPS SPORTING.

Apesar de ainda não conhecer na integra as funcionalidades do aparelho, julgo que as seguintes indicações seriam bastante úteis para Paulo Bento:

Em vez da indicação "atenção! radar a 100 metros", poderia indicar "atenção! não voltar a convocar o farnerud".

Ou, em vez da indicação "rua sem saída, opte pela rua da beneficiência", poderia indicar "não colocar o Veloso a central, opte pelo Gladstone".

Ou, então, em vez da indicação "sair da rua da escola e seguir pela rua da anunciação", poderia indicar "deixar de utilizar Djaló e passar a utilizar Vukcevic".

Por fim, julgo que em vez da indicação "Trânsito na rua do artista e na rua do liceu, opte pela rua da vitória", poderia indicar "Paredes e Pereirinha são uma m....vá lá, são muito maus, opte pelo Adrien".

Enfim, há um variado leque de indicações que poderiam contribuir para um melhor Sporting.

De qualquer forma, com ou sem indicações, esperemos que este produto seja o pronúncio de uma nova "orientação" para o que falta de campeonato...

DESÂNIMO

Por consideração para com os nossos leitores, resolvemos, após estes últimos dias de "luto", tecer umas breves palavras sobre o estado actual do Sporting.

A verdade é que, quando os jogadores resolvem não dignificar a camisola, nada mais nos resta, a nós adeptos, senão baixar os braços e deixar de lutar.

É notória a diferença com que os jogadores do Sporting encaram os jogos europeus e os jogos nacionais. Custa-me dizer isto, mas estou convicto que jogadores como Veloso, Moutinho e Romagnoli estão sedentos de se mostrar nos grandes encontros europeus, no intuito de poderem dar o salto no fim da época, "poupando-se" nos jogos caseiros, com menos visibilidade mediática.

Só assim se justifica a diferença de rendimento. Os jogadores são os mesmos, as tácticas, ainda que por vezes suicidas, são as mesmas.

Quanto a Paulo Bento, atravessa claramente uma fase menos boa. Decisões erradas, escolhas incompreensíveis, descaracterizam este Sporting, que, sem o empenho total dos jogadores, caiu numa inconstância dolorosa.

Neste momento, estou sem forças para sequer pensar no Sporting. Já vi este filme demasiadas vezes e sei o final de cor.

Espero recuperar e voltar a acreditar, mas neste momento só quero distância de uma situação demasiadamente dolorosa para ser vivida ao rubro.

Depois da Tempestade...

O Sporting provou, nos últimos jogos, que tem equipa para atacar em todas as frentes e que a crise não foi mais do que uma tempestade passageira.

Não quer isto dizer que os problemas, cujo diagnóstico foi aqui feito há umas semanas, não se mantenham. Com efeito, é notória a falta de soluções para o onze inicial.

Contudo, a qualidade acima da média dos nossos melhores onze poderá ser suficiente, pelo menos até Janeiro, para manter acesa a experança no que toca sobretudo ao campeonato, taça de Portugal e taça da Liga e, esperemos, liga dos campeões ou taça uefa.

Um gigante Liedson, um Moutinho em crescendo, um Polga autoritário, um Romagnoli desequilibrador e um Veloso imperial são a espinha dorsal de um Sporting que vai agora começar a aparecer e a arrasar todos os campos por onde passa, qual horda de bárbaros sequiosos de conquista!

Por ora, a missão é vencer em Braga e dar, de uma vez por todas, o pontapé na crise e nos Rui Santos e Tadeias desta vida.

Força Sporting!

FADO

Após o empate ontem com a Roma, que esta conseguiu ao fechar do pano, a primeira página do jornal Record (supra) não podia expressar de melhor forma aquilo que todos os Sportinguistas sentimos.

Apesar de não haver muito para dizer, em face de colossal injustiça, aqui ficam algumas palavras que ajudam a compreender o jogo e o nosso sentimento:

Uma palavra para os jogadores - Bravos. Lutaram e honraram a camisola do Sporting. Provaram que são uma grande equipa e que têm qualidade para lutar em todas as frentes.

Uma palavra para a equipa técnica - Corajosa. Arriscou o que havia para arriscar. Não censuro Paulo Bento por ter tentado obter a vantagem na eliminatória através da busca do terceiro golo que esteve ali tão perto...

Uma palavra para o árbitro - Péssimo. Protegeu a Roma até mais não, protecção essa que teve o seu corolário na anulação de um golo limpo ao Sporting.

Uma palavra para os comentadores televisivos - Repugnantes. Sobretudo António Tadeia e Rui Santos, que enterraram o Sporting antes de estar enterrado e que devem ter dado pulos na cadeira com o auto-golo de Polga, que confirmou todos os seus agoiros nojentos.

Uma palavra para o nosso fado - Inevitável. É triste, mas é verdade; claudicamos sempre pelas formas mais incríveis. Nos últimos vinte anos (até onde a minha memória alcança), vi perdermos campeonatos quanto nada o faria prever, vi perdermos eliminatórias das formas mais ridículas, vi o Sporting morrer na praia vezes e vezes sem conta. Será o nosso fado ganharmos um campeonato de 17 em 17 anos e fazer boa figura na europa de 50 em 50 anos?

A nós resta-nos continuar a apoiar, ainda que feridos e desanimados com a crueldade deste tão triste destino.

Força Sporting, até morrer, Sporting Allez!

Victoria Nostra Erit

A vitória será nossa!

Hoje, o pensamento tem de ser única e exclusivamente este.

Não há margem para falhar. Uma vitória abre-nos a porta dos oitavos de final da champions.

Chega de vitórias morais e de claudicar à porta do objectivo.

Para logo, eis o meu onze:

Stojkovic
Abel
Tonel
Polga
Ronny
Veloso
Moutinho
Romagnoli
Izmailov
Vukcevic
Liedson

Força Sporting, vence por nós!

SEM COMENTÁRIOS

Apesar do título do presente post, não resisto a deixar umas palavras de homenagem àquele que é de longe um dos melhores jogadores que eu já vi jogar no Sporting.

Corre o campo todo, corre o jogo todo, não desiste de um lance, tem uma técnica invulgar, finalizador raro, rapido, destemido, abnegado, corajoso, raçudo. Numa palavra: RESOLVE.

O golo que marcou ontem à noite à Naval (2-1) é o paradigma de tudo aquilo que Liedson representa. Quem teve o prazer de ver o golo em directo, não mais esquecerá mais esta obra prima de Liedson.

Fossem todos os jogadores do Sporting Liedsons e a Europa estaria a nossos pés...

A Tormenta Ainda Não Passou...

A vitória sobre o Fátima, plena de sorte e sobressaltos, mas inteiramente justa, veio disfarçar a crise desportiva que se vive no Sporting e veio aliviar, de certo modo, a tensão que já se fazia sentir entre os adeptos e a equipa.

Não obstante, a equipa continua a apresentar um futebol sofrível, feio e muito permeável defensivamente.

Assim, o fantasma da crise continua a pairar sobre a equipa do Sporting e teme-se que o mesmo continue.

A culpa é de Paulo Bento? Não, a culpa é de todos.

A começar pela direcção que não foi capaz de dotar o plantel de jogadores capazes de suprir as saídas de Caneira, Nani e Tello.

Passando por Carlos Freitas que não consegue acertar nas contratações, sendo que, em bom rigor, sem dinheiro não se consegue grande coisa.

Por seu turno, Paulo Bento tem uma grande quota de responsabilidade, pela seguinte ordem de motivos:

- não acredita nos jogadores que contratou (ou que não se opôs a contratar);
- insiste em jogadores e sistemas tácticos que já se provou que não resultam;
- tarda em lançar Adrien, quando já se concluiu que as opções de que dispõe (Paredes e Farnerud) são muito inferiores a este jovem jogador.

Soluções para a crise:

(i) Próximos jogos - Nem La Palisse diria melhor. O Sporting tem agora dois jogos em casa para dar um pontapé na crise. Vencer a Naval e a Roma seria um bom tónico para uma recuperação que se quer rápida e indolor. Afastaria a pressão dos adeptos, contribuindo para um clima de estabilidade no balneário.

(ii) Mercado de Janeiro - pode revelar-se fundamental para dotar a equipa de outras soluções. Um bom central (já que Gladstone não conta), um bom trinco (já que adrien não conta) e um ponta-de-lança para apoio a Liedson (já que Purovic não vinga).

Aqui vão as minhas sugestões:

Central - Enakarire
Trinco - Andres Madrid
Ponta-de-Lança - Saleiro (o meu preferido), Makukula ou Linz

Até lá, há que continuar a acreditar e a confiar na equipa.