OS VISCONDES

Reflectir o Sporting e a Nação à moda antiga

segunda-feira, novembro 02, 2009

A TRAVESSIA - Parte II

Comecei a vivência sportinguista cedo. Aos 7, 8 anos era ver-me com o meu pai tardes inteiras passadas no complexo de Alvalade (a saudosa Nave e estádio). Andebol, basquetebol, hóquei em patins, voleibol e, o sempre dominante e desejado, futebol.

No futebol fui um dos "filhos" da pesada herança de uns que provocou um jejum de 18 anos. Mas não posso dizer que não me divertisse, vibrasse, que me sentisse parte integrante de algo, por vezes perdedor, outras vezes ganhador, mas com sentido, com alma. Noites e dias maravilhosos e inesquecíveis. Nápoles, Inter de Milão, Benfica, Newcastle e por aí fora.

Passei igualmente a adorar ver todas as modalidades ditas amadoras. Momentos houve em que o brilhantismo foi evidente. Pena que basquetebol e vólei já não morem aqui...

Isto tudo para dizer que o Sporting extrava o futebol, vai além dos resultados ou das vitórias. Foi e sempre será parte integrante da minha vida, como eu me sinto parte integrante do Sporting.

Ora, por paradoxal que possa parecer, acredito que foram os títulos de 99/00 e 2001/2002 (especialmente este último) que contribuíram decisivamente para a hecatombe que vivemos actualmente.

Por muito que me custe, hoje o Sporting, futebolisticamente falando (em sentido amplo) está abaixo dos seus mais directos adversários. Mais abaixo do que estava no jejum de 18 anos.

É nisso que pretendo reflectir e é nisso que quem gere os destinos do nosso querido Clube deve pensar e descortinar soluções.

Soluções precisam-se!