OS VISCONDES

Reflectir o Sporting e a Nação à moda antiga

quinta-feira, julho 26, 2007

O Birras

Não sou pessoa para divinizar jogadores,prefiro direccionar as minhas emoções para o Sporting enquanto clube que me acompanha desde sempre (e vice-versa). São raras as excepções a esta regra. É curioso verificar que nas referidas excepções tive, quase sempre, desilusões.Por outras palavras,quando me "apeguei" muito a determinado jogador,fiquei decepcionado.

De qualquer forma,alguns jogadores serão,para mim, sempre grandes referências: Manuel Fernandes (o grande capitão dos 7 a 1), Oceano, João Pinto e Balakov (este mais que todos os outros...) são futebolistas e pessoas que aprendi a admirar.

Nos dias de hoje,e cada vez mais, o exemplo de Maldini, que fez uma carreira inteira sempre no mesmo clube, não vingou. São as regras do jogo, associadas ao lado mais negativo do "profissionalismo". Isto é, e como de resto noutros campos da sociedade, os interesses do indivíduo sobrepõem-se aos das instituições. O romantismo deu lugar à gestão de carreiras.

Simão é um exemplo disso mesmo. Uma opção errada (ida para Barcelona) "obrigou-o" a trair o clube de origem e a ir jogar para o rival. Embora não tenha gostado,confesso que não me fez grande mossa. Mossa fizeram as seis épocas de alto nível que viria a protagonizar posteriormente, e, também, algumas declarações menos felizes. Quem não as tem?

A transferência consumada para Madrid deixou-me satisfeito. Pelo menos nos tempos mais próximos não terei o desprazer de vê-lo a liderar um dos nossos adversários directos.

Se,um dia mais tarde, surgir a oportunidade de regressar ao Sporting, e constituindo ainda uma mais-valia evidente, porque não? Sou romântico,mas não sou estúpido. E não me esqueço que foi João Pinto (inserido numa maravilhosa equipa,é certo) que me proporcionou dos momentos mais gratificantes enquanto amante do futebol e adepto do Sporting.

quarta-feira, julho 25, 2007

Uma equipa sempre portuguesa

O defeso já vai longo, a pré-temporada encontra-se em curso, os jogos começam a saciar a sede de futebol,nomedamente de futebol do Sporting.

Por circunstâncias várias, até à presente data, diversos jogadores portugueses abandonaram a equipa: Ricardo,Miguel Garcia,Carlos Martins,João Alves,Caneira,Custódio e Nani. É curioso verificar que, com excepção de Custódio e Miguel Garcia (ambos internacionais sub-21,sendo que Custódio chegou a ser convocado para a selecção principal), tratam-se de internacionais A portugueses com provas dadas. Em suma,na época passada o Sporting possuía um plantel maioritariamente formado por jogadores portugueses de classe (na sua maioria,nascidos em Alvalade). Não pretendo aqui discutir a oportunidade ou falta dela de tais saídas.Parece-me,contudo,que,não havendo insubstituíveis,a perda de Caneira é a que se fará sentir mais.

Perante esta "razia",o que fez a SAD?Apostou de forma inequívoca no mercado internacional,em especial no mercado brasileiro e da Europa do Leste, e promoveu alguns jogadores das escolas ao plantel principal.Olhando para as aquisições de uma forma geral,percebe-se que obedeceram a critérios restritos e exigentes,nota-se que resultaram de um estudo aprofundado do mercado,em face das saídas e das necessidades da equipa e das eternas condicionantes financeiras.

Quando chamado a atenção para uma clara aposta no mercado externo,Paulo Bento justificou tal opção em grande medida pelo facto dos jogadores portugueses que interessariam ao Sporting estarem acima das suas posses,dando o exemplo de Tiago que acabou por ser transferido para a Juventus.

Infelizmente,Paulo Bento tem razão.Por muito que me custe (e custa muito...), a próxima época será mais um ano em que os jogadores portugueses de categoria em grande parte provêm das camadas jovens. O que dizer de João Moutinho e Veloso? E do que se perspectiva para Adrien Silva, Djaló, Rui Patrício ou Paulo Renato?É uma fase de transição. Afinal, até voltarmos a ter um plantel mais português e com mais representatividade em termos de selecção A portuguesa, é apenas uma questão de tempo. Entretanto,valha-nos a consolação de vermos os nossos prodígios espalharem a sua classe por essa Europa fora e representarem Portugal como o Sporting os ensinou.

sexta-feira, julho 20, 2007

GRANDE CHERBA!



Está em Portugal e assistiu ao treino do Sporting.

Teve manifestações de carinho por parte da equipa e dos adeptos.

Recordo-me do choque de acordar com a notícia do desastre naquele dia 15 de Dezembro de 1993.

Prefiro, no entanto, lembrar-me daquele golo soberbo marcado ao Casino Salzburgo de fora da área, depois de arrastar durante uns metros um jogador austríaco que não lhe largava a camisola.

Era um jogador brilhante, tinha um futuro de ouro à frente, mas a imaturidade e a liberdade que agora gozava em Lisboa (vinha da rigorosa Rússia) arruinaram-lhe a carreira.

O Sporting e os seus adeptos não o esquecem. Força Cherba!

quarta-feira, julho 04, 2007

Um exemplo a seguir

Fernando Torres despediu-se do Atlético Madrid
O jovem «internacional» espanhol Fernando Torres despediu-se esta manhã do Atlético de Madrid antes de ser apresentado como novo jogador do Liverpool.
O ex-avançado «colchonero» esteve hoje em conferência de imprensa que serviu de despedida e que decorreu na sala Vip do estádio Vicente Calderon.«Estou orgulhoso pelo que fiz neste clube que levo no meu coração para Inglaterra. Foram dez anos em defesa da camisola do Atlético», disse Torres aos jornalistas.

Não consegui resistir a reproduzir aqui esta notícia da "A Bola". Numa época em que os valores e os princípios tendem a ficar em segundo plano, é de louvar esta iniciativa. Torres sai do seu clube à procura de vitórias e de melhores condições de vida, mas não esquece quem o formou e os associados que sempre o apoiaram. Louvo e prezo as pessoas gratas e que não têm vergonha de mostrar os seus sentimentos. Parabéns para o Fernando Torres!