O Birras
Não sou pessoa para divinizar jogadores,prefiro direccionar as minhas emoções para o Sporting enquanto clube que me acompanha desde sempre (e vice-versa). São raras as excepções a esta regra. É curioso verificar que nas referidas excepções tive, quase sempre, desilusões.Por outras palavras,quando me "apeguei" muito a determinado jogador,fiquei decepcionado.
De qualquer forma,alguns jogadores serão,para mim, sempre grandes referências: Manuel Fernandes (o grande capitão dos 7 a 1), Oceano, João Pinto e Balakov (este mais que todos os outros...) são futebolistas e pessoas que aprendi a admirar.
Nos dias de hoje,e cada vez mais, o exemplo de Maldini, que fez uma carreira inteira sempre no mesmo clube, não vingou. São as regras do jogo, associadas ao lado mais negativo do "profissionalismo". Isto é, e como de resto noutros campos da sociedade, os interesses do indivíduo sobrepõem-se aos das instituições. O romantismo deu lugar à gestão de carreiras.
Simão é um exemplo disso mesmo. Uma opção errada (ida para Barcelona) "obrigou-o" a trair o clube de origem e a ir jogar para o rival. Embora não tenha gostado,confesso que não me fez grande mossa. Mossa fizeram as seis épocas de alto nível que viria a protagonizar posteriormente, e, também, algumas declarações menos felizes. Quem não as tem?
A transferência consumada para Madrid deixou-me satisfeito. Pelo menos nos tempos mais próximos não terei o desprazer de vê-lo a liderar um dos nossos adversários directos.
Se,um dia mais tarde, surgir a oportunidade de regressar ao Sporting, e constituindo ainda uma mais-valia evidente, porque não? Sou romântico,mas não sou estúpido. E não me esqueço que foi João Pinto (inserido numa maravilhosa equipa,é certo) que me proporcionou dos momentos mais gratificantes enquanto amante do futebol e adepto do Sporting.