OS VISCONDES

Reflectir o Sporting e a Nação à moda antiga

sexta-feira, outubro 30, 2009

A TRAVESSIA - Parte I

Já nem me lembro da última vez em que escrevi para este blogue e que quis pensar o Sporting. Porque o Sporting, em especial nos últimos meses, tornou-se algo incómodo, desinchabido, desprovido de interesse, quase indiferente, para mim.

Com isto não digo que deixei de ter orgulho em ser do Sporting, ou de me alegrar e sofrer, como sempre fiz. Com isto apenas fala o meu coração despedaçado, sussurando: Chega!

Chega de vitória morais, de incompetências, de desculpas esfarrapadas, de gente que vive às nossas custas, de mau futebol, de pessoas sem vergonha na cara. Chega de fazerem mal ao meu Sporting.

Não posso, contudo, de reconhecer que fui um dos que acreditei no inenarrável e desgraçado Projecto Roquette. Não me ilibo, por isso, das responsabilidades inerentes a essa crença e à confiança que depositei nas pessoas que conduziram o Sporting à presente situação. MEA CULPA!

Errámos.

É tempo, pois, de inverter a marchar, mudar de rumo e endireitar o barco. É tempo de encarar de frente as dificuldades e de admitir que falhámos.

Não acredito que haja sequer um sportinguista que se reveja no Sporting actual. Um monte de insuficiências, incoerências e de fantasias utópicas. Um mar de dúvidas que inundam a alma de todos os que, como eu, sentem o clube.

Quero o meu Sporting de volta. Sei que será tumultuoso. Mas também sei que nada se resolverá se continuarmos a esconder as nossas fraquezas e as nossas sucessivas derrotas e tristezas.

Estou disposto a iniciar a TRAVESSIA.