OS VISCONDES

Reflectir o Sporting e a Nação à moda antiga

segunda-feira, maio 07, 2007

A condição física

Para mim, como mero observador, a condição física de um jogador mede-se pelo rendimento e produtividade que demonstra dentro de campo,pelo número de quilómetros que corre,pelo número de sprints que faz,pela intensidade que aplica em cada lance,pela capacidade de ultrapassar e não ser ultrapassado,pela potência que introduz em cada jogada.

Nos tempos actuais, é do senso comum dizer-se que no futebol profissional a condição física é cada vez mais essencial para o sucesso de um jogador e, consequentemente,de uma equipa.Porque hoje em dia se pratica um futebol menos individualista,mais colectivo,mais musculado,mais táctico,muitas vezes mais defensivo. Porque,por outro lado,por motivos económicos,o número de competições em que as principais equipas participam, aumentou, bem como o grau de competitividade das mesmas. Presentemente, um jogador que participa na maioria dos jogos das grandes equipas (no sentido de que vão longe nas competições que disputam) como Chelsea, Manchester United, Inter de Milão ou Barcelona, faz cerca de 60 jogos,fora os jogos das selecções.

Tal situação implica que os clubes reflectam melhor sobre que tipo de jogador contratar, passando as qualidades físicas e atléticas a ser requisitos sine qua non para as respectivas aquisições.Exemplo elucidativo é o Chelsea de Mourinho: Cech, Terry, Geremi, Diarra,Obi Mikel,Lampard,Ballack, Essien, Boularhouz,Paulo Ferreira e Drogba fazem da força física se não a principal, umas das suas principais armas. Ora, sendo o Chelsea das equipas mundiais fisicamente mais poderosas, embora tendo chegado longe em todas as competições,acabou por sucumbir na Liga dos Campeões perante o Liverpool, uma equipa mais fraca (na minha opinião), mas mais fresca,mais disponível física e mentalmente, uma vez desde muito cedo abdicou do campeonato. Também o Manchester United disputou quase até ao fim todas as competições e, não por acaso,foi eliminado da Champions por uma equipa (o Milão) que apostou exclusivamente nesta competição.

A nível doméstico, parece-me evidente que a equipa actualmente mais apta e capaz do ponto de vista físico é o Sporting. Tal realidade tem, pois, como consequência lógica, as boas exibições que têm vindo a marcar este final de época. Afinal, a tão propalada rotação de Paulo Bento está,agora,a dar os seus frutos. Por outro lado, e não menos importante jogadores como Abel,Veloso ou Romagnoli, os quais no inicío da época não jogaram tão assiduamente,aparecem agora numa forma fulgurante.

O "problema" é que estamos a três pontos do líder e a duas jornadas do fim do campeonato. Como dizia o meu amigo PSN, que pena o campeonato não começar agora e "aquele" empate com o Aves...

Ainda assim, como nada está perdido, vou assinar a petição que circula na internet. Passarei a comprar todos os móveis em Paços de Ferreira, se o clube da cidade contribuir para a nossa vitória final no campeonato.

Viva o Sporting!

2 Comments:

At 6:50 da tarde, Blogger PSN said...

Este comentário foi removido pelo autor.

 
At 6:52 da tarde, Blogger PSN said...

Grande MGF!

Subscrevo.

A rotatividade é, quando bem utilizada, uma das chaves do sucesso.

Com efeito, atendendo ao volume de jogos por época, é fundamental que haja uma gestão equilibrada do plantel.

Contudo, no caso do nosso Sporting, acho que a gestão foi forçada e não natural.

Passo a explicar:

VELOSO

No que diz respeito ao Veloso, e conforme referi no meu post anterior, as razões terão sido administrativas, ou seja, no sentido de obrigar o médio a renovar o contrato. A sua ausência foi, a meu ver, prejudicial para o Sporting.

NANI

Quanto ao Nani, a sua não utilização prendeu-se com o momento menos bom da equipa e dele próprio. A sua poupança foi, assim, a meu ver, para proteger o jogador, ainda em crescimento.

DEFESA

Quanto à defesa, a rotatividade deveu-se sobretudo à lesão de Tonel, que obrigou à inflexão de Caneira para o centro da defesa (posição menos exigente a nível físico do que a ala) e deu a titularidade a Abel, fresco e com fome de bola.

ROMAGNOLI

De destacar ainda a entrada de Romagnoli, após a paciência se ter esgotado com Carlos Martins e de Paredes se ter revelado uma não solução.

Conclusão: a rotatividade foi sem dúvida essencial para o actual momento do Sporting, mas deveu-se mais às circunstâncias que se foram criando, e não tanto a uma gestão pensada por parte de Paulo Bento, não obstante, este ter sido inteligente na forma como foi utilizando as pedras que tinha à disposição.

Cumpre notar, contudo, que esta observação não é uma crítica. O Paulo Bento é o melhor treinador que o Sporting já teve nos últimos 10 anos e Deus queria que permaneça por muitos e bons.

 

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