OS VISCONDES

Reflectir o Sporting e a Nação à moda antiga

quinta-feira, novembro 23, 2006

Regresso à Realidade


Conforme tinha referido no meu post anterior ("Mentalidade"), o Sporting precisava, para levar de vencida a formação do Inter, de três ingredientes: um pouco de sorte, concentração e inspiração.

A nossa (pouca) sorte surgiu logo nos primeiros dez minutos de jogo, quando primeiro Caneira (louvo, agora, a cabeçada que Zizu deu naquele sarrafeiro do Materazzi) e depois Abel, se lesionam, deixando a equipa coxa da perna direita.

A concentração falhou aos 36 minutos com a fuga de Crespo e o consequente golo.

A inspiração nunca surgiu. Nani esteve mais preocupado em mostrar-se aos potenciais compradores do que em ajudar a equipa (aliás, a jogar assim, vai acabar no Inter da Picheleira), Martins nunca apareceu e Moutinho sozinho não faz milagres. Inspirada esteve a defesa (sobretudo Polga), que anulou, quase por completo, o ataque do Inter, mas essa não marca golos...

Resta-nos a taça uefa e a esperança de fazer mais uns pontinhos para Portugal e para nós próprios, alcançar mais alguma receita e conquistar mais algum reconhecimento e fama.

Na verdade, a nossa sorte começou no sorteio. Não houve compenhagas, celtics ou hamburgos, mas sim Inter e Bayern.

Nos registos fica a boa imagem deixada pelo Sporting, que lutou de peito aberto com estes dois colossos, e a convicção de que os nossos miúdos a mais não eram obrigados.

Há que continuar o bom trabalho e tentar, na medida do possível, manter os talentos para a próxima época.