Empate Amargo
Do jogo de ontem à noite, destaca-se uma boa exibição do Sporting, a ausência da estrelinha da sorte e um árbitro tendencioso.
O Sporting apresentou, face ao jogo de quarta-feira, um sistema de jogo mais cauteloso. Paulo Bento, a meu ver, bem, procurou reforçar o meio-campo, tendo em conta o desgaste que a equipa sofreu contra o Bayern.
Assim, foi com naturalidade que Custódio apareceu no onze titular à frente da defesa, abdicando-se de Veloso, com características mais ofensivas.
Não obstante, a entrada de Yannick no onze injectou velocidade, criatividade e irreverência no ataque.
Os primeiros 15 minutos, como é, de resto, habitual no Sporting, foram de intensa pressão sobre a equipa do Porto. Contudo, salvo um cabeceamento de Paredes, aos 5 minutos de jogo, para grande defesa de Helton, este período foi virgem em oportunidades flagrantes de golo.
Houve depois um período de 10 minutos, em que o Porto equilibrou e, mercê de algum desnorte da asa esquerda da defesa - Tello atrás e Nani à frente - chegou a assustar através de um pontapé de Quaresma. No entanto, esta terá sido a única oportunidade do Porto em toda a primeira parte.
Ainda assim, era o Sporting que criava melhores situações de ataque. Liedson, aos 19 m, e Yannick, aos 35 m, estiveram perto do golo, até que, aos 43 minutos, Nani encontra Yannick na área, e este, qual matador, abre o activo. Foi o delírio.
O intervalo fez mal ao Sporting. Logo a abrir, a defesa, adormecida, facilitou, primeiro por Tello, a não aliviar convenientemente, depois por Polga, a não conseguir cortar de cabeça, e por fim Ricardo, qual bailarino da Gulbenkien, a colocar a bola no pé direito de quaresma.
A equipa não pode ter falhas de concentração destas. Muito menos logo depois do intervalo, em que o adversário vem com todas as ganas do balneário para mudar a situação desfavorável.
Daqui até ao fim do jogo, o Sporting reduziu o Porto à sua defensiva, chegou diversas vezes com perigo à área de Helton. O golo podia ter surgido, mas a desinspiração de Liedson e o azar, bola no poste, ditaram o 1-1, que, claramente, penaliza o Sporting.
O fcp deixou uma imagem pálida.
Um ponto frente ao Porto nunca é de desprezar, mas, em face do jogo jogado, fica a sensação de que este ponto é escasso.
Não obstante a cedência de 2 pontos em casa, fica a confirmação de uma equipa que quer lutar em todas as frentes e que, internamente, é superior ao fcp.
No final, palmas para Paulo Bento e para os nossos bravos miúdos!
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