Fair-Play?

Filipe Soares Franco ("FSF") revelou alguma ingenuidade ao referir que, de acordo com as regras do fair-play, o Paços de Ferreira deveria exigir à Liga a repetição do jogo, à imagem do que aconteceu, há uns anos, num jogo em Inglaterra entre o West Ham e o Arsenal.
Na verdade, FSF esqueceu-se que o Sporting compete na fabulosa Liga Portuguesa, na qual participam, igualmente, clubes de grande renome internacional como o Paços de Ferreira, que tanto já deram ao futebol Português. Tais clubes, para além da sua pequenez a nível de estatuto, são também pequenos a nível de ambições e desportivismo. Com efeito, já estamos habituados à famosa "táctica do autocarro" que equipas como o Paços utilizam na ânsia mesquinha de levar um pontinho para casa; aos problemas de locomoção dos seus guarda-redes que demoram eternidades a repor a bola em jogo, à fragilidade física dos seus jogadores que se lançam durante largos períodos para o chão com dores lancinantes.
Como se já não fosse suficiente este autêntico manual de anti-jogo, clubes como o Sporting vêem-se agora na contingência de enfrentar os golpes baixos desses clubes, os quais, com a conivência dos reconhecidamente incompetentes árbitros Portugueses, usam todos os meios (incluindo marcar golos com a mão), para conseguir os pontos da sobrevivência.
Infelizmente, ao contrário do que reclama FSF, desses clubes e jogadores mesquinhos só podemos esperar o piscar de olhos matreiro (como que a dizer "já enganei mais um"), com a cumplicidade do sorriso cínico dos árbitros.
De facto, se fosse em Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha ou França isto não aconteceria. Seria o próprio jogador a chamar a atenção do árbitro para a ilegalidade. No entanto, estamos em Portugal, reino da mesquinhez e chico-espertiçe...